
A obra, datada do século XVII e construída sob o patrocínio de D. Francisco de Melo, figura eminente da nobreza local, reveste-se de uma particularidade singela. Neste caso, o aqueduto não foi originalmente construído para levar a água à população mas para prover às necessidades de consumo privado de uma casa senhorial: o Solar dos Condes de Ficalho. Trata-se, portanto, de um empreendimento particular e não público – a ralé que fosse beber água à fonte.
Olha!! Andou plos meus domínios e anda vem práqui dizer mal do Marquês de Ficalho. Sim, sempre foi com este título que ouvi falar do Senhor Conde.
“O título de Marquês de Ficalho foi renovado no 3.º conde de Ficalho, bem como no filho e neto herdeiros do 5.º conde de Ficalho.”
Veja só como sou antiquiquiquíssima… 😛
E a águinha da fonte, na rua das Amendoeiras onde morei até aos sete anos, antes de irmos para a Rua das Cruzes, era bem boa, melhor do que essa do aqueduto.
Esses Condes de Ficalho eram gente boa, acho eu. Uma filha suicidou-se atirando-se da janela que ficava perto do Hospital. Coitadita… 😦
Um abraço, de uma serpense de alma e coração, uma vez que nasci foi, na então Aldeia de Vila Nova de São Bento “imigrando” para Serpa aos 18 meses de idade, terra de minha Mãe e toda a família do lado materno. 🙂
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O que eu quis dizer foi Aldeia Nova de São Bento, hoje Vila…oh, que trenga! 😀
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Um aqueduto privado? Só Lho Fica bem! Conde que se preze não pode deixar a coisa por menos.
Entretanto, pelo que eu tenho visto, anda por aí muita obra com nome de “pública” a atirar mais para o lado do “particular” e nem de condes estamos a falar.
E… a ralé continua a ir à fonte, cantando e rindo.
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Ou em dia, também usa-se muito a técnica de roubar a água ao vizinho ou fazer uma ligação directa a uma boca de incêndio.
E ele deve ter gasto muito dinheiro no aqueduto, porque depois no fim, nem teve dinheiro para um corrimão nas escadas. Mas em boa verdade, quase de certeza que nunca teve que as subir e descer.
E confesso uma coisa: Não sabia que existia um aqueduto em Serpa. Já aprendi!
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